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não era pra ser distante, vida
nem era para ter medo
nem era para saudade, ida
nem era para partir tão cedo
não era para histórias, era
o sol contava o dia sem segredos
e a cortina disfarçava o corpo
envolto em teus rápidos dedos
do teu hálito quente sopro
o chá verde fumegante, sabor
era pra ser da vida, o jogo
e descobrir na gota, cor!!
e os sabores, todos tão iguais
e diferentes em sentidos… tanto
que ao saborear quer mais
e ao ter mais se vive…encanto!
Mariana Gouveia
Belle parole Mariana ❤
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Grazie! ❤
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Deliciosa quadra, no clássico ABAB, mas com décimas com três tônicas. Não estou arrotando cultura não. É que meu pai era leitor fanático de cordel e cordelistas entendem de métrica. Daí tive que aprender. Você compõe os segundos versos em heptassílabos, com quatro tônicas. Essa frescuragem toda é só para te avisar que você compôs nos cânones mais clássicos da língua. Abraço admirado.
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Ah, claro, a partir da segunda quadra você inverteu: hepta e depois decassílabos. É como experimentar um novo sabor, não? Novos abraços que os tenho infinitos.
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Amanhã respondo-te
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Pensando em agradecer
de um modo diferente
sempre aprendi a rimar
desde menina inocente
meu pai me apresentava
para tudo que é parente:
– Aprendeu mesmo sozinha
Dizia pra toda gente
Não estudei muito rimas
Fui criando sem querer
Rimava para os irmãos
e todos queriam ver
a menina que rimava
até mesmo sem escrever
Cada um dizia uma frase
Veja só que confusão
Misturava alecrim, café e manjericão
Para caber a palavra
usei até o coração.
Depois fui me atrevendo
a escrever em papel
em noites de lua cheia
Rimava olhando o céu
Só não sabia que isso
Se chamava de cordel
Até que ganhei altura
fui levada à cidade
meu pai me levava até
para rimar pra autoridade
quando entrei na escola
conheci a felicidade.
Vou parando por aqui
dizendo com emoção
que o moço é um presente
e digo com gratidão
receba o meu abraço
de todo meu coração.
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Foi só um atrevimento para dizer que gostei imenso!
Grata!
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Maravilhosa resposta em rimas. Aliás, mais uma vez, num metro clássico da língua, a redondilha maior. É nosso verso mais popular, muito usado no cordel e na nossa música como todo. De novo “aliás, quando fico encafifado com um verso recorro sempre ao TRATADO DE VERSIFICAÇÃO de Glauco Mattoso. Acho que ainda está à venda. O bardo arrasou ali. Obrigado pela linda resposta e pelo trabalho a que você se deu.
Para você:
Não estudou muito rimas
sem querer foi já criando
para seus irmãos rimando
do bordão à corda-prima
e todos queriam ver a menina
que rimava sem nem mesmo escrever
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Olha o pé quebrado nos dois últimos versos!
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Grata tanto e sempre!
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