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Tag: Portas Abertas – Codinome Lucidez
Mariana Gouveia
Meus livros, pela Scenarium Livros Artesanais.
Nasci numa fazenda no interior de Goiás, das mãos de uma parteira que se chamava Florinda, mas que todo mundo a conheciam por dona Fulô, no primeiro dia de julho de 1.965. Era inverno, mas parecia primavera… Ali, cresci e vivi um conto de fadas entre sete irmãos. Mudei para Mato Grosso por conta de uma doença de minha mãe, num dia qualquer de agosto. Precisamente dia 25. Era outono, mas não havia diferença entre os dias quentes de verão e vim descobrir bem depois que era assim o ano todo e em qualquer estação… Desde pequena as palavras me invadiram e escrevia em tudo que podia. Papel de pão, papel de embrulho de qualquer coisa, guardanapos, chão. Cadernos eram luxos que só vez ou outra ganhava, e reservava eles para depositar sonhos, história e o dia a dia vivido. Tornei-me radialista por vocação e isso me dava a liberdade…
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Carta a você que me lê…
Querido leitor,
Talvez, a melhor forma de agradecer a você que me lê nesse dia mundial do livro é te escrevendo uma carta. Escrever para mim é desnudar a alma e fazer com que a minha emoção toque a sua.
Claro que desde menina eu sempre quis que minhas palavras atravessassem os campos da fazenda onde nasci e encontrassem amparo em algum olhar, em alguma mão. Uma das maneiras que criei para escrever foram as cartas. Menina ainda, através do rádio, minhas palavras ganhavam cidades, estados e diferentes lugares dentro de envelopes e muitas dessas cartas me trouxeram como respostas amigos do coração.
Nesse meio tempo me tornei artesã, mãe, esposa, radialista e a escritora esperava uma oportunidade que surgiu quando conheci Lunna Guedes. O destino me ligou a ela através de blogs e do selo artesanal criado por Lunna e Marco Antônio: Scenarium Livros Artesanais… o encanto pelo trabalho artesanato que Lunna tão lindamente faz falou mais forte e em 2015 meu primeiro livro de poesias foi costurado em fitas de cetim com o selo artesanal da Scenarium e O Lado de Dentro ganhou forma no papel… já na terceira edição.
O lado de dentro — a poesia de Mariana Gouveia viaja no tempo e espaço, e nos põe sentados a mesa do café, para divagarmos sobre lugares imaginários onde o vento leva arrepio a pele onde os sentimentos todos se amontoam e são como pétalas na primavera, e são como folhas no outono, e são também verão e inverno.
No ano seguinte, veio o convite para que participasse do Projeto Diário das Quatro Estações. Um projeto inspirado em diário e escrevi Cadeados Abertos e não paramos mais.
Cadeados Abertos — é uma espécie de caixa de costuras que toda casa antiga tinha, com carretéis de linhas, agulhas, dedais e retalhos de tecidos… caixas com botões coloridos e uma tesourinha para cortar o fio. Cada item impulsiona uma lembrança — vivências singulares que nos toma pela mão e conduz aos caminhos do coração da autora.
Participei de alguns projetos coletivos da editora como Sete Pecados, Coletivo, Feliz Ano Velho, Sete Luas e outros, além das edições da Revista Plural com textos e em sua maioria, cartas.
Meu primeiro romance Corredores, codinome: Loucura foi lançado em 2018 e decidimos que ele não caberia em um livro só…Dividimos em dois livros e Portas Abertas, codinome: Lucidez foi lançado em 2019.
Corredores, codinome: loucura — é um romance que nos coloca diante da pergunta: é possível duvidar da própria lucidez? Maria é trancada num hospício pela própria mãe, que promete voltar para buscá-la depois que estiver curada. Entregue aos cuidados de Mathilda — uma mulher que não enxerga pessoas, apenas números numa folha mapeados pela condição determinada por ela e, assegurada pelo Estado que só quer se livrar de seus “doentes”.
A jovem Maria percorre os corredores de sua nova-casa em meio a abusos e punições severas, tentando preservar qualquer coisa de lucidez.
Portas Abertas: codinome lucidez — Maria deixou o hospício com a ajuda do Doutor Arthur… mas, quando se deixa a escuridão, é necessário se acostumar a luz. Leva tempo e não é nada fácil identificar o que sobreviveu após tanto tempo vivendo entre loucos e, de repente, ter sua lucidez reconhecida…
E novamente, o projeto Diário das Quatro Estações me envolveu e surge Desvios para atravessar quintais. Lançado em 2020, em plena pandemia, e talvez, por isso, um sopro na alma dentro dos dias ruins.
Desvios para atravessar quintais… O Diário das Quatro Estações é sobre os dias aleatórios que avançam dentro do tempo e é feito da palavra que cabe no papel antes que sufoque o peito; é o retrato dos meses que ficam na memória das horas e no mapa feito dentro dos muros e para atravessar os quintais usei os desvios traçados no mapa que o coração costurava e mesmo quando desenhava asas na areia sentia que o pássaro voava e que possuía o céu inteiro .
Meus livros são artesanais. Costurados um a um, em costura japonesa pelas mãos da Lunna. O livro artesanal só é costurado quando você o encomenda. Portanto, cada exemplar é único em seu preparo. As histórias, as poesias, os poemas e até mesmo as cartas quando te alcançam já nos emocionaram bastante. Desde a escolha do papel, da capa e da maneira que fazemos chegar até você, mesmo que você não tenha o livro – ainda – mas lê em alguma das minhas redes sociais ou da editora algum pedaço de texto, poema, ou citações.
Há mais coisas na caixinha vindo aí… projetos feitos para te tocar e te emocionar. Espero que até lá esse laço se fortaleça ainda mais.
Por isso, te agradeço e te envolvo no meu carinho.
Abraço carinhoso
Mariana Gouveia
Participam dessa blogagem coletiva:
Adriana Aneli – Alê Helga – Claudia Leonardi – Darlene Regina – Lunna Guedes – Mariana Gouveia – Obdulio Ortega Roseli Pedroso
Os + vendidos de setembro
Entre os mais vendidos de Setembro…
Portas abertas, codinome Lucidez!
Primavera Scenarium
A editora nessa primavera está uma flor!
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Os + vendidos de agosto
Ser escritor — o confronto das emoções

Escrever é esse roubar de almas que o escritor se atreve. Vê o personagem, imagina, cria e dá-lhe voz e movimentos… Ou não!
Eu, por exemplo, no Lado de dentro – meu primeiro livro – me senti como se tivesse aberto o caderno de infância, da adolescência e expus as poesias guardadas no coração, sem deixar de ser a mulher que era e sou.
Já, no Cadeados Abertos – Diário das Quatro Estações, foi como tirar aquele cadeadinho do diário, onde os segredos são revelados – Foi libertador – e deixasse ali, ao alcance de quem quisesse folhear. E pode apostar que muita gente quis. Se você quiser adquirir, é aqui que tem a chave.
Corredores foi falta de respirar. A história chegou, caiu em meu colo e mesmo que eu não quisesse falar, Maria gritava. Não me deixava dormir. Queria escancarar a verdade e revelar seus medos, angústias e sua história. Não resisti. Aceitei as regras e Maria ganhou voz através de minhas palavras. Foi doido, doído e emocionante. Em alguns dias, eu chorei, em outros, sorri e respirei liberdade.
Portas Abertas, foi o grito no abismo a espera do eco e o afago de mão no amor de Maria. Ainda respiro a liberdade dela e o alívio das páginas encerradas dentro do que chamo de resiliência. Nada seria mais compensador.
Mas, a emoção de quem escreve está na derme, à flor da pele e grita. Você vê a moça no banco da praça e já dá nome, lugar, morada e amores. O moço da reciclagem ganha trilha sonora e vestimenta em uma madrugada feita de silêncios. O confronto das emoções é diário e compensador.
E você? Quais emoções te confrontam dentro do que escreve?
Mariana Gouveia
Scenarium Plural Editora
Carta ao Ano Novo
E aí está você! Logo atrás da cortina e daqui há algumas horas… voilá! Você chegará pelas portas, janelas e tomará conta dos próximos 365 dias!
Devo dizer que carrego a esperança nessa brisa que corre para além da rua de cima e assim como meu pé de ipé floriu e me deu a imagem cujo objetivo para o qual ele foi plantado, vejo as sementes germinarem.
O pé de tomate está cheiinho de flores e os frutos já são visíveis.
A vida floreia no meu quintal e logo ali, nos galhos mais acima do pé de algodão um ninho se fez e os tico-tico nasceram…
Já percebeu que a palavra nascer e seus derivados é repetitiva aqui? É que apesar das perdas, houve ganhos… Não que uma coisa reponha a outra, mas fica o exemplo de que tudo passa e a vida segue seu fluxo.
Portas Abertas – Codinome: Lucidez saiu do papel e ganhou os corações de leitores e colho o fruto do filho que nasceu pelas mãos de Lunna Guedes e a Scenarium Plural Editora. Minha poesia ganhando vida através de pessoas que me leem aqui e em outros lados meus. Não podia começar melhor um ano!
Então, que você seja bem vindo e que todos aqueles que por aqui passeiam recebam meu abraço carinhoso e meu toque de amor pela vida.
Feliz Ano Novo!
Portas Abertas – Codinome: Lucidez
“Carregava dentro dela palavras que eram furacões. O vento interno derrubava verdades impostas há anos.”
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Portas Abertas – Codinome: Lucidez
Quando ganhei essa história, fiquei sufocada alguns dias antes de decidir escrever. Várias perguntas me rodeavam como se a dor de Maria também fosse a minha dor. Foi como se eu tivesse vivido cada instante de Maria e que qualquer frase além do permitido poderia causar mais dor ainda e de repente, a história foi ganhando vida e seguiu o rumo diante do propósito racional de ser. Ser apenas a chave que abre a porta para que você que lê agora a parte final (será mesmo o final?) compreenda o amor em sua essência. De ser o outro. De pensar como o outro. De viver com o olhar do outro. Talvez, essa mesma história com alguns contextos diferentes esteja acontecendo perto de você. Na sua rua, no seu bairro ou em sua cidade. E somente com o olhar sobre o outro, você poderá de alguma forma ser a chave que abre a porta para que a história ganhe ponto final.
Portas abertas – Codinome Lucidez mostra a luta de quem já foi uma sepultada e conseguiu sair da cova da desesperança e do medo. Mostra o amor e seus caminhos, por mais difíceis que seja trilhar por eles. Mostra a amizade e a esperança acontecer depois de tanto sofrimento e abandono.
Mostra o amor, em uma doçura expressa de ser apenas amada(o) e mais nada. Te dedico a resiliência de Maria em viver.
E foi essa força que exala dela que me fez ir até o final. Mais do que uma história de amor, te apresento uma história de vida… com todas as perguntas feitas ainda no início… quem sabe, a vida ainda não me traga as respostas?
Mariana Gouveia
Portas Abertas – Codinome: Lucidez
Scenarium Plural Editora
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