
Nos últimos anos me tornei singularmente Plural e minha vida literária ficou mais rica e me vi rodeada de autores contemporâneos com uma escrita deliciosa.
Confesso que fiquei indecisa ao escrever esse post coletivo porque poderia dizer de diversas maneiras sobre as 8 curiosidades sobre minha vida literária e poderiam se somar e multiplicar e se tornar mais de uma lista.
Desde pequena fui embalada por livros e histórias que minha mãe contava. Lia de tudo. De bula de remédio – que tinha as letras miúdas e minha mãe não enxergava bem – até os jornais que embalavam as compras do mês e que trazia novidades da cidade.
A lista que segue não é definitiva e se for escrever sobre isso de novo, pode ser que não mude nada ou mude algumas coisas. Então, aí estão as 8 curiosidades – nem tanto, para quem me conhece – sobre minha vida literária:
1 — Nunca li e sei que não irei ler:
O cemitério de Praga de Umberto Eco. Juro que até tentei. O livro ficou ali na parte da frente da estante como um convite e não passei da primeira página. Desisti. Esqueci em algum banco de praça de propósito.
2 — Não sinto vontade alguma de ler:
Harry Potter e seus tantos títulos e nomes que nem me recordo agora. Me perdoem os que gostam. Confesso que os livros estão ali, no guarda – roupa do filho e a cada faxina fico pensando se esqueço – os em algum banco ou se pergunto ao filho – que está longe – de quem são para devolvê-los.
3 — Uma indicação recorrente: Lua de Papel. Lua de Papel me levou para a lua. Li e virei lunar. Mergulhei na história e depois disso, toda vez que olho para a lua é de Lua de Papel que me lembro e viajo novamente pelas palavras. Me vejo dentro da história a espiar os movimentos. Aspiro cada página como meu. Sempre dá vontade de ler de novo e quando acontece isso, parece ser sempre a primeira vez. A trilogia me alcançou em grau maior no papel de Alexandra. Lunna Guedes agarrou mio cuore com seu Lua de Papel I, II e III.
4 — Último livro que li:
As Violetas de Março foi mais um dos livros que me conquistou nos primeiros parágrafos por conta da narrativa da autora. Em uma das feiras de livros que um shopping faz aqui a capa me chamou atenção e o cheiro do livro me ganhou. Minha conexão foi imediata por logo ter sentido as emoções em cada palavra escrita por Sarah Jio. Li em quatro dias.
5 — Leria de novo e de novo e de novo:
Lua de papel…. e já emprestei dezenas de vezes os três livros para amigos. Já li e reli infinitas vezes e sempre arrepia a alma e a pele.
6 — Autores que chegaram e ficaram na pele-alma-memória:
Manoel de Barros, Lunna Guedes, Raquel Serejo Martins, Aden Leonardo, Elizabeth Bishop, Manuel A. Domingos, Ana Hartley, Mia Couto e dezenas de outros que me tocaram a alma.
7 — Todo mundo gosta menos eu:
Paulo Coelho. Tirando O Alquimista – que foi uma leitura conjunta com meu filho ainda pequeno, para um trabalho escolar – não consegui ler mais nenhum livro dele.
8 — Uma indicação que me surpreendeu:
Raquel Serejo Martins – Aves de Incêndio foi um presente desde a capa laranja e a poesia encantadora de Raquel a desvendar a asas e a alma.
Agora, abro um espaço para as levezas da vida e se a pergunta for o livro que me marcou… me desenho em Sete Luas. Pela Editora Scenarium Plural onde sete autoras se desnudam nas sete fases da lua. Um luxo! Recomendo e recomendo.
Sei que gosto cada um tem o seu e como tudo é renovável nessa terra não deixe que minha ideia te atinja. Se você gosta de chá, café, cerveja ou apenas água, o que importa é que brindemos a vida.
Mariana Gouveia
Projeto Coletivo – Scenarium Plural
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