
eu nunca antes tive delírios
– mas dizem que tudo sempre aponta para um possível começo.
Seria esse o meu?…
Lunna Guedes – Lua de Papel
*imagem: Liat Aharoni
Porque o melhor lado é o dentro
Lunna Guedes – Lua de Papel
*imagem: Liat Aharoni
” às vezes, é simplesmente perfeita e,
me deixa sem ar, me cortando ao meio,
me fazendo em pedaços quando ‘escreve’ com a própria voz, sem papel,
como se desenhasse na atmosfera as palavras que pulsam em seu íntimo…”
Lunna Guedes in Lua de Papel
*imagem: Leslie Ann O’dell
Qual o melhor exemplar em sua estante?
Mais uma maratona chega ao fim e acho que consegui passar um pouco de minha estante para vocês, mas talvez, o mais difícil é escolher o melhor exemplar de minha estante.
De tantos exemplares, claro que alguns se tornaram meus xodós, tipo aqueles que não empresto, não dou e ficam em um lugar especial em minha estante. Claro que estou falando de Lua de Papel, uma trilogia de Lunna Guedes! E como diria minha escritora/editora favorita – eu sou suspeita – mas como também sou leitora, confesso que eles ficam ali, ao lado do Charlie Brown, os três livros, meus Luas – Hors concurs e tenho dito!
Estou na segunda leitura de Lua de Papel. Confesso que é uma leitura nova e surpreendente. Comecei a leitura porque queria muito que minha Ana, em Portugal conhecesse a história e comecei a ler o livro para ela via vídeo chamada. Lia um capítulo por dia aproveitávamos nossa hora de almoço e tudo teve uma nova visão do livro e até da própria história. Já estamos no livro II e confesso que a forma de ver alguns personagens mudaram.
Mas, como disse, Lua de Papel é Hors Concour e então, qual seria meu exemplar favorito?
Sete Luas é aquela delícia de escrever, tocar, cheirar, ler e se orgulhar e dizer: mas eu fiz parte dessa lindeza?!!
Sim, eu fiz e se você quiser saber mais, aqui tem minhas impressões sobre Sete Luas e nas tags Sete Luas há alguns dos meus textos.
Espero que vocês tenham gostado dessa maratona. Agradeço as curtidas, as participações e comentários, mas digam-me: Qual o melhor exemplar em sua estante?
Mariana Gouveia
Esse post faz parte da maratona de maio e participam
Alê Helga | Darlene Regina | Lunna Guedes | Roseli Pedroso
é momento, precipitação, e não a amo menos por isso… a amo mais, porque, quando se abre em sorrisos, minha vida é primavera. E, quando se fecha, é inverno. E eu espero pela estação seguinte, porque em algum momento será verão novamente.
– Lunna Guedes, In: ‘Lua de Papel’ –
* fotografia: Tanja Moss
Nos últimos anos me tornei singularmente Plural e minha vida literária ficou mais rica e me vi rodeada de autores contemporâneos com uma escrita deliciosa.
Confesso que fiquei indecisa ao escrever esse post coletivo porque poderia dizer de diversas maneiras sobre as 8 curiosidades sobre minha vida literária e poderiam se somar e multiplicar e se tornar mais de uma lista.
Desde pequena fui embalada por livros e histórias que minha mãe contava. Lia de tudo. De bula de remédio – que tinha as letras miúdas e minha mãe não enxergava bem – até os jornais que embalavam as compras do mês e que trazia novidades da cidade.
A lista que segue não é definitiva e se for escrever sobre isso de novo, pode ser que não mude nada ou mude algumas coisas. Então, aí estão as 8 curiosidades – nem tanto, para quem me conhece – sobre minha vida literária:
1 — Nunca li e sei que não irei ler:
O cemitério de Praga de Umberto Eco. Juro que até tentei. O livro ficou ali na parte da frente da estante como um convite e não passei da primeira página. Desisti. Esqueci em algum banco de praça de propósito.
2 — Não sinto vontade alguma de ler:
Harry Potter e seus tantos títulos e nomes que nem me recordo agora. Me perdoem os que gostam. Confesso que os livros estão ali, no guarda – roupa do filho e a cada faxina fico pensando se esqueço – os em algum banco ou se pergunto ao filho – que está longe – de quem são para devolvê-los.
3 — Uma indicação recorrente: Lua de Papel. Lua de Papel me levou para a lua. Li e virei lunar. Mergulhei na história e depois disso, toda vez que olho para a lua é de Lua de Papel que me lembro e viajo novamente pelas palavras. Me vejo dentro da história a espiar os movimentos. Aspiro cada página como meu. Sempre dá vontade de ler de novo e quando acontece isso, parece ser sempre a primeira vez. A trilogia me alcançou em grau maior no papel de Alexandra. Lunna Guedes agarrou mio cuore com seu Lua de Papel I, II e III.
4 — Último livro que li:
As Violetas de Março foi mais um dos livros que me conquistou nos primeiros parágrafos por conta da narrativa da autora. Em uma das feiras de livros que um shopping faz aqui a capa me chamou atenção e o cheiro do livro me ganhou. Minha conexão foi imediata por logo ter sentido as emoções em cada palavra escrita por Sarah Jio. Li em quatro dias.
5 — Leria de novo e de novo e de novo:
Lua de papel…. e já emprestei dezenas de vezes os três livros para amigos. Já li e reli infinitas vezes e sempre arrepia a alma e a pele.
6 — Autores que chegaram e ficaram na pele-alma-memória:
Manoel de Barros, Lunna Guedes, Raquel Serejo Martins, Aden Leonardo, Elizabeth Bishop, Manuel A. Domingos, Ana Hartley, Mia Couto e dezenas de outros que me tocaram a alma.
7 — Todo mundo gosta menos eu:
Paulo Coelho. Tirando O Alquimista – que foi uma leitura conjunta com meu filho ainda pequeno, para um trabalho escolar – não consegui ler mais nenhum livro dele.
8 — Uma indicação que me surpreendeu:
Raquel Serejo Martins – Aves de Incêndio foi um presente desde a capa laranja e a poesia encantadora de Raquel a desvendar a asas e a alma.
Agora, abro um espaço para as levezas da vida e se a pergunta for o livro que me marcou… me desenho em Sete Luas. Pela Editora Scenarium Plural onde sete autoras se desnudam nas sete fases da lua. Um luxo! Recomendo e recomendo.
Sei que gosto cada um tem o seu e como tudo é renovável nessa terra não deixe que minha ideia te atinja. Se você gosta de chá, café, cerveja ou apenas água, o que importa é que brindemos a vida.
Mariana Gouveia
Projeto Coletivo – Scenarium Plural
*Ale,
Talvez eu devia dizer que a frase me pegou pela mão e me vi dialogando com você:
Realmente, não habitamos o mesmo mundo, mas posso tocar -te para além das páginas tecidas artesanalmente, costuradas página por página e volto lá, na cidadezinha tua. Consigo até caminhar por ela e fazer o sinal da cruz em frente a igreja e lembro – me da menina que eu era.
Não sei se enveredamos pelos mesmos caminhos e descubro que em alguns sonhos e desejos somos tão iguais. Ou como imagino, talvez eu te pinta mais leve nos dias.
O que sei é que te adotei desde a primeira linha e segui de mãos dadas contigo até o Livro III.
Ah, adorável Lua de Papel que te desenhou insegura e reticente e somente por isso pude te moldar aos meus olhos uma Ale minha.
Sabe, em muitas leituras feitas às avessas buscando só frases tuas, me perdi em suas anotações:
” aquela mulher não tem diálogo. Vive de suas linhas e pedaços de panos que ela emenda para os outros. É uma estranha”
Você é aquela de mim que quero mudar. E ao mesmo tempo possui os defeitos que abomino em quem gosto.
Você é quase real, Ale… De tanto que a decifrei e de tanto que a desencorajei quando se trancava nos desejos que nunca conseguia expor. É a menina que guardo dentro da memória e a mulher que não consegue a fuga com a qual luta constantemente.
Quem te desenhou nas rotas do avesso trouxe para mim o cheiro dos eucaliptos, os arrepios na pele e a vontade de viver-existir dentro das fotografias…
E como a própria autora disse sobre você:
‘As histórias desenham personagens… alguns, escapam da realidade e saltam direto para as páginas. Outros se deixam inventar…’
Eu me deixei inventar sobre tua história.
Beijo,
Mariana Gouveia
Projeto Uma Carta por mês
Editora Scenarium Plural Editora
*Personagem do Livro Lua de Papel: Alessandra –
autora: Lunna Guedes
eu poderia lhe dizer “divirta -se”, mas prefiro dizer: “embriague – se” porque combina com café, e essa realidade é tão minha.”
Lunna Guedes
Bambina mia,
Foram sete cartas-livros como tu disse, nessa semana, que para mim foi pesada e ao mesmo tempo suave – por culpa tua, devo dizer.
E baseada nessas dedicatórias de Lua de Papel venho responder a última pergunta. Antes, devo dizer que, é uma delícia escrever para ti. As palavras fluem em mim e me abro. É realmente como se tivesse com lápis e papel em mãos para te dizer o que sinto. E sei de sua ansiedade com palavras, papel e letras.
Mas, a história aqui é dizer como escolho os livros que leio. São eles que me escolhem – como tuas Luas – e os títulos me ganham. Em toda minha vida sou mais lunar – olha tu aqui em mim – e sou de fases também – uia!! – Poderia enumerar cada um dos livros em que o título me ganhou e não haviam em nenhum deles uma capa tipo show… mas tuas Lua de Papel, fora além de toda história que conheço – ai, minha Alê – e outros que a vida me apresentou. Lua de Papel foi show em estória e capas. Pude escolher – nesse caso, único, pude – e tenho a capa mais linda do mundo e recriei em artesanato.
Já fui livro sem capa. Já fui história e já contei as minhas.
Quase me perdi dentro de outras. Mas sempre fui escolhida dentro delas. Era como se tivesse um dedo apontado e ali, em negrito tivesse a palavra me escolha e o livro era eu em dimensão exata de ser.
Das histórias de vampiros ou a mais linda estória de amor.
Pode até ser aquele livro artesanal – e o cuore – como tu diz – explode na paixão máxima e eu repito: por que não fui eu quem escrevi isso?
Grazie per tutti!
Amo Tu!
Bacio
Mariana Gouveia
|Projeto Maratona de Outubro
Participam desse projeto
Ale Helga | Cilene Mansini | Fernanda Akemi | Mari de Castro | Obdúlio Nunes Ortega| Lunna Guedes
Acertar-me comigo mesma antes de deitar-me em seus lábios os meus. Precisava ouví-la por mais algumas horas para saber como as palavras se organizam em sua superficie. Precisava organizar-me para esparramar-me junto a ela sem que ela mesma precisasse fazê-lo”
.
– trecho do livro Lua de Papel
Lunna Guedes
*imagem: Lilya Corneli
na sua teia de datas e lugares.
É uma matéria vibrátil e nostálgica
que não consigo tocar sem receio,
porque queima os dedos,
porque fere os lábios, porque dilacera os olhos.
— Lunna Guedes, in: Lua de Papel — livro dois
*imagem: Mira Nedyalkova
Falar sobre os livros da Scenarium Plural para mim é como falar de filho. Você vai ver aqui aquela mãe boba que só admira cada coisa que o filho faz.
A Scenarium entrou em minha vida pelas mãos de Lunna Guedes e foi amor à primeira vista, ao primeiro comentário e depois disso tivemos tanto de primeiro/primeira que até hoje tenho primeiros lances com ela.
Dessa descoberta veio as realizações de sonhos e tudo que aconteceu está aqui registrado em posts, poemas, cartas e fotos.
Mas, hoje, venho te mostrar a minha Six Top List dos livros que a Editora publicou e que te convido a conhecer:
Lua de Papel não é só um livro. São três! Não é só uma trilogia! São histórias que se encontram e encantam.
Eu, amei cada um deles e enveredei pela história de uma maneira que ficava torcendo para que no próximo capítulo fosse além do que a autora descrevia. Lua de papel me fez viajar, sonhar e ficar como se estivesse dentro do livro, quase à beira da janela e bastava fechar os olhos e respirar e eu já era parte do livro…
Me apaixonei por cada personagem e muitas vezes tecia meu diálogo com elas. O livro me surpreendeu em seu final cativante e encantador.
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“para o que existiu e foi deixado sob o lago
– aquela imensidão do esquecimento, do dia a dia. Um “B” lado oposto da realidade,
debaixo das estrelas”.
Dentro de um Bukowski me levou/leva para dentro dos delírios. Aden me leva em uma viagem onde me deixo levar pelo lirismo latente.
Ouso, camuflo, domino, choro e rio junto.
Com ela eu não conjugo os verbos, eu os engulo e devoro. Talvez eu solte o grito que ela guarda. E literalmente viajo com ela pelas estradinhas – entre ida e volta – de Minas.
Confesso que enquanto “viajo” pego alguns atalhos dentro da paisagem e isso se transforma na melhor parte da viagem.
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“Ele está certo, do verão amo a tempestade, que estranhamente se antecipa no outono, este ano.
“Percorria o vidro com a ponta dos dedos, respirava fundo – como quem morre – e misturava o lado de fora ao lado de dentro…”
Compartilhei desta chuva de hoje… a de sempre… a memória: somos 60% água, matéria líquida aconchegada à passagem do tempo”.
Adriana Aneli primeiro me embriagou com seu Amor Expresso. Sorvido, bebido e adorado. Além da simpatia – e simpatia é quase amor – e da materialidade do livro apreciado em um trabalho lindo do Atelier Flávia Taiano – que te convido a conhecer – os 50 mini contos me levaram à tardes mornas, aspirando o cheiro do café enquanto degustava o livro.
Já A Construção da Primavera me trouxe o ritmo das estações. Dentro de um projeto lindíssimo: O Diário das Quatro Estações – do qual me orgulho imensamente em fazer parte – Adriana te pega pega mão e te leva o ar supremo do outono adocicado pela sua poesia, à doçura da primavera em plena construção, ao inverno mesmo acinzentado e florido e um verão de luxo puro dentro das palavras dela. Com isso, ela constrói não somente a primavera, mas todas as estações derramadas de poesia.
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Scenarium
Plural North and South
Estamos sempre à beira. podemos quebrar a espinha ou virar o mundo. não é questão de escolha, às vezes. mas pode-se reconhecer, pelo menos, que à beira sempre está presente.
estamos sempre à beira. há os que percebem. há os que sentem somente frio na barriga. não há volta, o frio na barriga não perdoa.
estamos sempre à beira. entre nortes e suls, estaremos perdidos (como se quisessemos direção…); entre lestes e oestes, a mesma falta, o mesmo desapego.
estamos sempre à beira, mesmo quando caímos.
à margem, à beira, norte e sul.
Claudinei Vieira
Com Plural North and Soul e o poema de Claudinei Vieira falo do Projeto Plural e toda diversidade e gama de poetas magníficos que nos presenteiam com participações especiais nas quatro edições durante o ano. A Plural é uma revista de luxo onde a troca e a pluralidade te faz singular dentro da literatura. A arte inserida desde o projeto ao formato nos torna parte da ideia, do contexto e por fim, da poesia dividida entre uma gama de autores que embarca na ideia da Editora.
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gosto das madrugadas frias, com cheiro de chá quente na xícara… vinho na taça – um gole ou dois e os sabores se precipitam – gosto de um som a dizer suas notas e a pilha de livros a espiar-me, como se dissesse: leia- me. Gosto de ver os envelopes vazios… com suas cores a dizerem possíveis destinos.
Meus mapas são outros…eu me movo através de elementos particulares. Vou de uma esquina a outra em busca de uma mesa de canto do mundo, da vida e do corpo. Cheque mate!
Lunna Guedes
Quando Septum se abriu aos meus olhos eu mergulhei dentro do imaginário de Lunna Guedes. Não fosse pela delícia de vasculhar as palavras que tão bem me tocam seria pela jogada de mestre de Lunna de nos prender ao seu mundo. As histórias nos envolvem a ponto de acharmos que a história é nossa e que o personagem pode ser eu, você ou alguém conhecido… Septum traz a magia do sete. Do mês da primavera, do idioma diferenciado em explorar nosso pensamento na melhor forma de desvendar os mistérios onde os brancos são preenchidos entre o encanto e os gestos.
Septum é esse gesto pronto de entrega.
Lunna nos presenteia e oferece dentro das estações a sensação plena delas. Septum é o próprio presente do Outono e a docilidade da primavera…A sensação de sentir na pele o inverno e se aquecer no verão.
Então, te proponho um desafio: que você não se perca dentro das palavras. Ela sabe como surgem os personagens.
A jogada está dada. O próximo lance é seu.
**
Ontem você me encontrou no meio da rua e me trouxe de volta para casa. Eu te pedi apenas um grão de areia, um pedaço de chão… mas você me ofereceu em retorno um território inteiro de lembranças e saudades.
Foi como estar dentro do abraço de antes, ao qual nunca deixei de pertencer: metade-inteira-fraqueza-inquietante…
Você sempre me soube, e ontem não foi diferente… Aquela mesma figura afetuosa adentrou minha alma com seus olhos de raio-X, oferecendo respostas àquilo que eu nem havia perguntado, e silenciando cada uma de minhas insistentes e levianas dúvidas…
Uma doçura mesclada com imponência perfaz as metáforas do seu caminho, e diante dessa singeleza me reverencio, pois foram seus gestos tênues que plantaram em mim a semente da realidade – elemento sempre tão frágil aos meus olhos…
Hoje o dia amanheceu mais claro, e mais bonito também… Confesso: estava com enorme saudade de enxergar a vida assim!
Quando você vem me encontrar outra vez?
Tatiana um dia me disse: “Palavras não são capazes de traduzir o carinho que sentimos”… e eu digo que são…
que as palavras que Tatiana me leva pela mão como se desenhasse o caminho para eu seguir.
Tatiana escreve com a alma e por isso, em cada texto a alma se mostra e faz com que o coração acelere e aceite a loucura e a lucidez, a fragilidade e a força. Tudo una e várias dentro dela.
A menina e a mulher. A fome e a saciedade.
Com as palavras Tatiana Kielberman nos abraça, acolhe, afaga e nos instiga a descobrir o mistério que ela tão sutilmente sugere.
Mariana Gouveia
Projeto 6 on 6 – Scenarium
Conheça mais um pouco de nosso autores aqui:
Adriana Aneli
http://www.adrianaanelicosta.com/
Lunna Guedes
https://catarinavoltouaescrever.wordpress.com/
Aden Leonardo
https://www.facebook.com/aden.leonardo?fref=ts
Claudinei Vieira
http://desconcertos.wordpress.com/
Tatiana Kielberman
https://meusabismosfaceis.wordpress.com/