Tinha o peito rasgado a faca. A solidão estampada nos olhos em noite de lua uivava e alguém dizia – e criava as lendas dentro das madrugadas lentas, sem sereno.
A espiral do medo nos corredores sem luz. É lua cheia! O calendário avisa que há dias em que é melhor ser apenas plateia. Hora de desvendar afetos. A rota lunar sempre é uma opção de fuga. De vez em quando eu atiro facas em mim mesma. As mãos trêmulas é quase um ocaso para o bordado que não faz mais. Era lindo o abraço do silêncio. No tarô, as mudanças lidas no búzio. A lua observada no mirante. Vasto o mundo que sonha com a vida vista de lá. Durante o dia disfarçou o pranto várias vezes. O monstro da esquina, o prêmio de literatura, o livro que nunca leu, a mão que nunca tocou… A mulher com o vidro na mão espalhava fragrâncias de lua pela rua enquanto no quintal, ela mergulhava nas sombras do muro.
Mariana Gouveia
Estamos em Agosto e por isso, temos BEDA.
Participam comigo:
Lunna Guedes – Obdúlio Nunes Ortega – Roseli Pedroso – Suzana Martins e Bob F
🤍
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❤
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Parei na frase das facas e fiquei a pensar em Lavignia, eu heim
Que raio de rota lunar foi essa? rs
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A Lavígnia é o meu mistério particular…As minhas rotas sempre me levam para o mundo da lua…
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