Viveu ausências nos dias. Traçou rotas, criou mapas.
Foi buscar cura em aconchegos distantes.
Viu loucura nos olhos das pessoas – epelho refletido – alguém disse.
A loucura é da dona do espelho.
Tudo que acontece de maneira estranha enlouquece.
Visitou um sábio numa manhã de rotinas. Não falou nada. Apenas concordava. O olho atingia o centro da lucidez.
Pegou ramos verdes e a benzia.
Murmurava orações antigas que ela conhecia de outros tempos.
Abençoou um casamento.
Ainda acredita em tradições.
Registrou os instantes da fé, da troca do beijo, da aliança na mão.
Lembrou da sua. Do vento uivante que cantava no dia.
Desejou as rotas todas vividas para o coração da noiva.
O noivo tinha riso de filme de cinema.
Falou tudo isso num ímpeto e ela nem teve tempo de anotar nada.
Os ramos verdes que murcharam ficaram em cima da mesa.
Era a benzedura que tinha efeito de saudade.
Mariana Gouveia
É abril e é mês de b.e.d.a – blog every day april
Participam comigo:
Lunna Guedes – Suzana Martins – Roseli Pedroso – Obdúlio Nunes Ortega
❤️
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merci, Cris! ❤
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ADOREI! Bom dia pra você
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Muito obrigada! Boa tarde para nós! ❤
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Atravessei o mapa das tuas palavras e encontrei em teus olhos o encantamento!
Que lindo, menina Mariana!! ❤
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Minha rota tem uma trilha que me leva até você. ❤
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Rotas que provocaram colisões… rs
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sempre… rs
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