Sayuri, minha flor
Lembrei-me de que nunca te escrevi uma carta. As coisas que eu quis te dizer foi sempre nas mensagens trocadas, nos comentários em comum e na leveza do carinho que temos uma com a outra.
Mas hoje, eu quis falar com você. Em outros anos, a gente se falava horas por telefone e eu derramava minha admiração por você e mesmo quando não dava – como hoje – a gente se comunicava em pensamentos.
Esse dia é seu, Sayuri e eu queria escrever aqui seu nome lindo – o de verdade – que você precisa esconder para se proteger. Muitas vezes, pronunciei seu nome para o vento e com ele eu repetia sobre sua coragem. Poucas vezes eu vi uma mulher com tamanha coragem, mesmo cheia de medo. E tantas vezes eu quis te proteger. Queria te trazer para perto de mim e cuidar para que todo o sofrimento e lágrimas ficassem para trás.
Quando, por algum motivo, eu passo por alguma dificuldade e quero me abater, me lembro de você. De sua fala mansa e encorajadora. E fico tão grata ao universo por tê-la colocado em minha vida há mais de uma década. E não ouso fraquejar, porque de alguma maneira, te vejo tão valente diante de tantos obstáculos.
Hoje, mais uma vez, te busco dentro de um abraço imaginário e lembro de sua risada gostosa… e de como enfrentou o inesperado e transformou ele em lugar bonito de viver.
Felicidades todos os dias, para que o inesperado – roubei sua frase para dar título a essa carta – de fato, tenha transformado sua vida num lugar melhor., para que ninguém mais no mundo possa te definir em alguma outra coisa que não seja amor.
Te amo,
Mariana Gouveia