Texto necessário para esses tempos sombrios:
“A quem interessa repetir esse horror e trancar pessoas por uma vida inteira em condições sub-humanas? Conhecendo a realidade brasileiro, me faz acreditar que há muitos interesses envolvidos…
Será que alguém se atreveria a listá-los?”
Faz alguns anos que me causa incômodo o tema… em 2019, o atual governo havia liberado a compra de aparelhos de eletrochoque para o SUS e a internação de crianças e adolescentes em hospitais psiquiátricos, acendendo o receio de que seria inevitável a volta dos manicômios, estruturas que ficaram conhecidas como depósitos de pessoas.
Mas a última notícia caiu feito uma bomba, o Governo anulou — com sua conhecida caneta Bic — todos os avanços conquistados no tratamento da Saúde Mental nos últimos anos, liberando investimentos no velho modelo psiquiátrico que ainda não foi de todo superado. Quem é da área sabe que o esquema segue em funcionamento em muitos cantos do país, clandestinamente ou disfarçados de clínicas antiestresse.
A notícia me fez voltar os olhos para a literatura, que aborda o tema de tempos em tempos. A Scenarium lançou o livro-história escrito por Mariana Gouveia — corredores, codinome: loucura
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Qual a justificativa dada para mais esse retrocesso?
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Segundo o autor da resolução, o atual ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, o deputado e médico Osmar Terra, a lei em vigor tem se revelado fraca no sentido de conter a epidemia de uso de drogas, mesmo que proibindo-as. Para ele, só o tratamento e a abstinência proporcionam bons resultados. Atualmente, o sistema de prevenção e combate às drogas funciona baseado em equipamentos de apoio social ao dependente e usuário, os chamados CAPSAD (Centros de Atenção Psicosocial – Álcool e Drogas), vinculados às secretarias de saúde, política social e assistência social, com forte atuação de psicólogos, educadores, psicanalistas, assistentes sociais e outros profissionais.
A partir de agora, os CAPSAD perdem espaço para as clínicas de tratamento e hospitais psiquiátricos e terão recursos minguados pelo Executivo. É como reativar o monstro que fomos calando ao longo de trinta anos de luta anti-manicomial no Brasil. Infelizmente.
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Pela abstinência é uma visão religiosa, uma característica do governo atual.
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Pois… Uma visão religiosa distorcida…
Abraço
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