Fala das horas mortas – embora vivas – todo dia.
Do fascínio que uma menina faceira provoca nele.
repete o nome dela infinitas vezes.
Assiste sua dança no seu quintal.
A chama de deusa e eu, atrevida, dou-lhe o nome de deuso.
Nome que achei para a magia das palavras que ele assopra em um Teatro de Ousadias.
É contraventor. Usa anagramas e se perde dela em um céu vermelho quando desaba um temporal.
Não se cala, fala, inventa idiomas,cria cidade.
Como as mãos da cartomante, corta baralho de linhas e letras.
Dá voz ao poder de lua, mesmo ela querendo minguar.
Mas toca o que é proibido,
Porque ousa quebrar os espelhos
E me chama ela pelo nome que acha mais bonito.
Pinta flores em carvão ou giz
usa origami mesmo sem dominar.
Chama os ventos astrais para as marcas da pele
onde o vento não voa e cria mais sentidos numa noite simples.
enquanto eu, em sessão solene vivo a poesia
porque a ousadia não pode parar.
Mariana Gouveia
*imagem: Tumblr
Observar tamanha graça descrita com pitadas generosas de euforia e alecrim… Um sabor no degustar vistosa dança vívida num bosque qualquer onde as flores rústicas de aroma doce em preto e branco mostram que a beleza nem sempre estão nas cores e sim na sensibilidade de se admirar…
E bom estar aqui!
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Muito bom ter você aqui! Obrigada!
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Eita feminino poético! Senti a tua facilidade e a tua satisfação em fazer poesia!
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Grata, flor! ❤️🌸
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