e espio-te com lupas microscópicas.
Bambina mia,
houve lua de sangue no meu céu nessa madrugada e eclipsou no meu quintal. E, claro que escrevi essa carta mentalmente madrugada adentro enquanto pensava nesse poema de O lado de dentro, que é o tema desse dia 8 de novembro.
Nossa! E de repente a gente se assusta! Já aconteceu novembro e os dias correm como se tivessem pressa. Esse novembro já teve de tudo aqui, bambina… já choveu, já esfriou, e o calor voltou novamente nessa terra do sol onde moro. E enquanto te escrevo o céu se veste de nuvens em tons dourados, anunciando mais um fim de tarde quente e seca por aqui.
Vasculho o quintal enquanto converso com você. Lembrei-me de como escrevi o poema O encontro entre o sol e escorpião. Havia chovido naquela noite e quando amanheceu a gota guardava a flor como se fosse joia. Era um outubro qualquer e o sol entrava em escorpião. Eu quis justificar o decanato, a astrologia e o eu lírico e ainda assim falar de amor. Foi tudo que senti quando vi a gota, querendo guardar dentro de si, a flor.
Depois que o sol nasceu naquele dia, bambina, a flor sorveu a gota como se quisesse guardar ela em uma caixa de segredos e só ela sabia o sentido pleno disso. O poema nasceu ali, depois… ganhou vida em livros que você costurou…
E hoje, renasce em uma frase que te absorveu. É assim que um poema se espalha. Entre generosidade de pessoas e acolhida de quem lê. E quando alguém lê, em qualquer momento do dia o poema ganha a forma de amor e vivifica o instante em que ele foi criado.
Grazie mille por isso!
Amo tu imenso ❤
Mariana Gouveia
Projeto Blogvember – Scenarium Livros Artesanais
Participam juntos comigo: Lunna Guedes – Obdúlio Nunes Ortega – Roseli Pedroso e Suzana Martins
Eu sei que estou repetitiva, mas o que posso fazer se as suas missivas me fazem suspirar?! Termino e fico aqui a inventar sorrisos!!
Uma lindeza!!! ❤
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detectei pessoa suspeita… oh, mas eu amoooo ❤
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hahahaha ❤ ❤
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Faz dias que leio a sua MISSiva. Desde o dia em que enviou o link. Deixei aberta no navegador para ler antes ou depois de tudo. Fui lendo. Pensando no céu e nesse novembro. Nas nossas conversas. Me lembrei de outros novembros. O do ano passado foi estranho e difícil. Curiosamente eu fui salva pela minha escrita. Um rascunho que ainda não deixou essa condição. Pensei nesse novembro. Mas os dias aqui estão com pressa e pedem outras atitudes.
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o universo sabe o tempo certo… e novembro voa ligeiro.
bacio
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Eu nem sei mais quem é a moça do tempo. Eu gostava do moço do tempo. Mas ele sumiu. Mas não tenho acompanhado o noticiário nos últimos dias. Apenas programas da Globo News que não informaram se irá ou não chover. Apenas noticiam as tragédias climáticas, cada vez mais frequentes.
Gostei da imagem de vosso pai com um graveto em mãos. Lúdico. Esse contato com a natureza é incrível. Todos nós poderíamos ter essa magia, mas vamos em outras direções, preferimos acreditar em deuses impossíveis, coisas além de nós e nos afastamos de tudo, pior, de nós mesmos.
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Sempre que vejo o “seu” moço do tempo me lembro de tu.
Vez ou outra, ele aparece em alguma reportagem.
Meu pai possuía esse dom de descobrir a água. Um dia, ele tentou me ensinar, mas com os irmãos na cola zombando, ficou impossível. rs
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