O dia vagou em esperas. O vento sacudia tudo lá fora. Da janela revejo movimentos que conheço.
Ela anota.
Fico em silêncio.
Ela revela vontades desconhecidas. Não parece a mesma de antes e nem é.
Torço para que as horas voem. É sempre assim quando a vontade de ir é maior do que a vontade de ficar.
Respiro suavidade numa inquietação que reconheço – leve – minha, de antes.
Falo sobre a instabilidade que me atingiu e deixou morna a vida.
Ela anota a palavra instabilidade e entre aspas está a palavra “eu”.
Não sei se de mim ou dela que falo.
Deixo para ela as loucuras todas…
essa graça leve que ela tem em profanar os
prazeres que sinto.
A palavra suprema e a história contada entre os dentes.
O corpo pensado. O sopro. As dores.
O dia que acontece em rotinas. Mas eu jurei que tudo isso vai passar e vai.
Ela anota e começa a falar de esperança.
Mariana Gouveia
Agosto é o mês das terapias e de Beda
Participam junto comigo:
Lunna Guedes – Obdúlio Nunes Ortega – Darlene Regina – Mãe Literatura – Suzana Martins – Roseli Pedroso
* fotografia: Vivian Maier
E eu suspiro entre goles. Aceita um chá de cascas de maçã?
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hummm, hoje, quero de menta!
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E eu aqui a observar os seus detalhes…
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Fiz uma viagem pelos seus, menina nuvem…
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