Bambina mia,
O dia amanheceu amarelo. O sol, logo pela manhã, rompeu a barreira da névoa e veio radiante. Lembrei-me da moça do tempo com sua simpatia dizendo que os paulistanos viram o sol e citou até os minutos que o sol deu as caras aí. Confesso que achei engraçado e logo pensei em tu – tão cheia de sol – que nem precisa dele para se sentir plena. Mas, estávamos falando de amarelo. Dourou tudo aqui. Precisava ver! As gérberas do meu quintal anteciparam a primavera por aqui e quando chovi sobre elas, com meu regador, me trouxeram um frescor de alma. Na avenida principal, os ipês derramaram suas pétalas de ouro pela calçada. Cedi a tentação de me deitar sobre as flores. Em cada esquina lembrei-me de Van Gogh – dizem que adorava o amarelo – e de uma carta/poema que fiz para minha mãe, onde a vida dourava nossa existência dentro da cor.
Agosto sempre me traz ela com seu vestido amarelo de florzinhas miúdas. Ela irradiava cor. O chapéu feito – por ela – com capim dourado fazia com que ela parecesse um personagem desses de fotonovelas, que ela adorava. Enquanto anotava mentalmente essa missiva pensando em você, e já no fim do dia, a cor desenha a vitrine da esquina francesa por onde volto para casa. Uma escada toda com frases em francês – que julgo ser um poema – e que prometo fotografar, amarelava no meu fim de tarde. A vitrine onde a torre se ergue minúscula, mas imponente e os detalhes desde o manequim às garrafas coloridas me ofereciam a cor. Em casa, o amarelo rompe os aposentos com envelopes amarelos que chegaram do lado de lá do oceano. Trouxeram-me esperança de carinho sentido na pele e sob a luz amarela da luz difusa te abraço e agradeço a pluralidade que me oferece todos os dias. Amo mais!
Grazie!
Mariana Gouveia
*b.e.d.a — blog every day april — um desafio que surgiu para agitar os dias de abril e agosto nos blogues e comemorar o Blog Day.

*Como a pluralidade encanta a vida .*
*Maria *
Sem vírus. http://www.avast.com
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Grata, Maria! Beijos
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Gosto de navegar nessas linhas que são minhas e partilhadas assim, são do ar. Hoje não teve sol por aqui… dia nublado, com chuvas pontuais, se usasse relógio, mediria os intervalos apenas para me divertir. Diz o moço do tempo (gosto dele, não sei porque não o deixam lá) que amanhã haverá sol e eu já quero ficar por aqui nesse hoje.
bacio
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Cada vez que vejo o moço do tempo lembro de tu…
Aqui, o sol é escaldante. Nem parece inverno…Mas, isso, já é normal aqui.
Bacio
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