Divã · Mariana Gouveia · Revista Plural

Solidão tão minha

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Os corredores nunca foram tão longos e nem a solidão tão minha…Havia dores de ossos em todo canto – a moça de azul que hoje não vestiu azul via as dores como normal – preocupava-se mais com as dores da sua alma.
Era olho distante do agora. Fosse ela reparar em dor – ali, era dor todo dia -não faria nada.
Os cartazes pedindo silêncio para a solidão dos outros.
Alguém já não existia no vácuo entre o que era e será.
Havia apenas o alívio de quem saía, nunca calmaria da dor.

Eu escrevi a saudade enquanto era tempo. Era ali, no canto da mensagem que o coração batia.

Mariana Gouveia
*imagem: Adam Klaus

5 comentários em “Solidão tão minha

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